UM MODELO COM O POVO NO CENTRO DA GOVERNANÇA

Aproveito para dizer em voz alta que a UNITA, com Adalberto da Costa Júnior, conquistou milhares e milhares de cidadãos, e o hino de alternância lançado pelo artista mais titulado e sábio, BONGA, comprova que esta força que é a UNITA, percorreu um caminho muito longo e que todos os patriotas que somos, apoiem de todo o coração esta luta pela alternância.

Por Osvaldo Franque Buela (*)

Esta força unificadora que culminou no lançamento da Frente Patriótica Unida, FPU, deveria servir de lição às forças e movimentos políticos Cabindenses de que a unidade é sempre necessária e um caminho essencial para alcançar certos nobres objectivos políticos.

Os dirigentes Cabindenses, antes e durante esta campanha, teriam adoptado uma postura igual à assumida por Abel Chivukuvuku e Justino Pinto de Andrade, ao alinharem-se em torno de Adalberto da Costa Júnior para levar a cabo a liderança do projecto de alternância política que todos desejamos para o país.

Continuo a colocar-me a pergunta de saber se os dirigentes da FPU, não hesitaram em receber os dirigentes dos movimentos políticos de independência Cabindenses, sem qualquer constrangimento, como é que estes dirigentes Cabindenses não estiveram à altura? Se alinharem e participarem efectivamente da campanha da UNITA, senão vamos esperar anos para entender o que Abel, Justino Pinto de Andrade e alguns jovens da sociedade civil, colocaram em prática para apoiar Adalberto da Costa Júnior?

Estamos numa fase em que o MPLA, mesmo com a fraude, terá grande dificuldade em roubar a eleição, tendo em conta os vídeos e outras cenas de caos que já antecipam qual será o clima pós-eleitoral se o partido no poder insistir em roubar os votos dos angolanos.

A postura dos actores políticos que compõem a FPU e apoiam a UNITA, deveria ser a postura dos lideres Cabindenses numa plataforma de reivindicações únicas, para apoiar um único dirigente que carregasse a voz de todos os Cabindenses nesta luta pela alternância política e não ficarmos congelados nas nossas posturas de independência, que é apenas uma ideologia e não um projecto político capaz de nos fazer alcançar essa tão desejada independência.

Li na internet que alguns líderes Cabindenses se recusaram a fazer parte das listas de certos partidos políticos para concorrer à deputação por motivos pessoais, fiquei surpreendido com tal atitude, pois como pode um líder político impor a sua vontade pessoal acima das ambições e programa político dos seus membros, quando o objectivo de qualquer movimento político é conquistar o poder? Então os nossos movimentos políticos só têm a ambição de libertar Cabinda de Angola sem ambição de assumir o poder?

Acredito que a UNITA, cujo programa eleitoral de Governo inclusivo e participativo, apoiado pela Frente Patriótica Unida que inclui membros da sociedade civil e de outras forças partidárias, é ainda uma porta aberta aos dirigentes políticos dos movimentos Cabindenses, que estariam neste preciso momento a lutar pela alternância de poder em Angola e para conseguirem apropriar-se do estatuto de autonomia que a UNITA prometeu para Cabinda.

Mais uma vez, não gostaria de chocar a sensibilidade de ninguém, nem de colocar-me como doadoree de lições, mas a luta pela independência não deve encerrar-nos em lógicas pessoais, nem em posturas populistas, mas sim de lutar ao lado de todos aqueles que lutam pacificamente pela vitória da UNITA e a derrota do MPLA, por uma Angola melhor, e a hora desta mudança é agora.

Se a política é a arte de conquistar o poder e exercê-lo, a independência, que é um ideal político, não deve ser confundida com um programa político, então com toda humildade, convido todos aqueles em idade de votar, a participar da votação pela alternância que, certamente, nos trará uma certa dignidade nos seus eixos estratégicos de governação do manifesto eleitoral da UNITA que são:

Emergência nacional, reforma do Estado, responsabilidade e solidariedade social e desenvolvimento económico e sustentável.

(*) Activista e refugiado político na França

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Ilustração da responsabilidade do Folha 8

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